Pulando de poesia (Poesia)
ISBN: 978-85-94161-24-6
Editora Quase Oito
Rio de Janeiro, 2019
24 p.
Ilustrações: Luciana Peralva

Leia um pouco do livro Pulando de Poesia:

Pulando de poesia

Aos pulos eu vou pulando,
pulando de poesia!
Pulando pela coceira
que pular dá
na barriga!

Pulando eu enxergo tudo,
o que é e o que seria.
Vêm da gaiola? Da lamparina?
As asinhas que cintilam?

Quem pula de galho em galho
– se atira e não fica quieto –,
é o velho macacão
quando o deixo no cabideiro.

Aos pulos eu vou pulando,
pulando de poesia!
Pulando pela coceira
que pular dá
na barriga!

Quando eu pulo de poesia
pareço canguru, sapo;
de um verso a outro saltito,
da palavra pulo pro canto.

Tomateiro que tem coração
como eu, do lado esquerdo,
desgosta de ver na salada
em pedaços seu afeto.

Aos pulos eu vou pulando,
pulando de poesia!
Pulando pela coceira
que pular dá
na barriga!

Pirilampoetas

Pirilampos maluquetes
fazem pirilampoquetes.
Pirilampos abobrinhas
fazem pirilampobrinhas.
Pirilampos urubus
fazem pirilampobus.

Pirilampos na pamonha
fazem pirilampomonhas.
Pirilampos de violino
fazem pirilampolinos.
Pirilampos com caju
fazem pirilampojus.

Pirilampos com xarope
fazem pirilamporopes.
Pirilampos nas montanhas
fazem pirilampotanhas.
Pirilampos no tatu
fazem pirilampotus.

A Dona Bete

A Dona Bete
mandou sorvete
de rabanetes
para o banquete,
para saudar-te
pelo ano sete.

Fez tartelettes,
uma omelete
e um torniquete
no joanete
como lembrete
de que vai ver-te.

Pra surpreender-te
vai de foguete
– vestiu colete,
um capacete
e como suéter
leva um tapete.

A Dona Bete
é maluquete
por dar presentes!
Pra oferecer-te,
comprou confetes
sabor baguette.